Jogamos a primeira partida do Senhor dos Anéis Card Game, também conhecido como LCG. Para ser mais específico, esta foi minha primeira partida da Edição Revisada, pois já joguei algumas vezes a versão anterior do jogo - mas faz tanto tempo que eu praticamente não lembrava de nada. Já a Mari teve agora seu primeiro contato com o jogo. Fiquem, então, com as nossas primeiras impressões!
O que mais gostamos?
M: Adorei os personagens, escolher quem vai para missão, quem vai defender dos inimigos, quem vai atacar. E a arte nas cartas é muito linda!
R: O que eu mais gostei foi a forma que eles conseguiram caracterizar os personagens e os inimigos com mecânicas muito bem aliadas ao universo do Senhor dos Anéis.
M: O Gandalf, por exemplo. Ele aparece, tem um efeito que ajuda muito, mas logo em seguida ele vai embora.
R: Outro exemplo é o Aragorn: se ele vai para a missão, eu posso gastar um recurso e ele restaura, e aí pode ser usado de novo para o combate. Então ele faz consegue fazer muita coisa.
Regras e estratégia
R: Eu não vou mentir, as regras são bem complexas. Ele é um card game raiz. Tem muito detalhezinho dentro do texto de cada carta, tem o momento certo que você pode usar cada coisa… é muito específico; tem que ler com muita atenção o manual. Não espere um jogo simples, ele não é. A gente teve que procurar em fóruns algumas dúvidas que não achamos no manual. O manual da Edição Revisada bem melhor do que o original, mas ainda assim ele é complexo.
M: Tem bastante coisinha para lembrar, tanto que a gente fez um guia para seguir a sequência das etapas de cada fase. E a estratégia depende muito do que vem na mão, não dá para pensar tanto à frente.
R: Em questão de estratégia, tem muita coisa para conhecer ainda, mas na prática você tem poucas cartas na mão e poucos recursos para usar, então você não terá muitas opções no começo e isso ajuda a fluir bem.
Sentimentos
M: Ele é difícil, e bem temático. Dá um pouquinho de desespero, mas não é frustrante; você sabe que pode jogar de novo e mudar algumas coisas, você vai aprendendo.
R: É bem difícil mesmo. A primeira partida a gente jogou no primeiro cenário, e a gente venceu usando um deck de uma esfera [recomendado no manual]. No segundo cenário jogamos com o deck de duas esferas [também sugerido pelo manual] e já deu para sentir o degrau na dificuldade [tanto que fomos derrotados]. Ele é bem imersivo, apesar deste jogo ser um pouco mais puzzle do que, por exemplo, o Jornadas na Terra-Média, que tem mapa, miniaturas, etc. Mas é temático o suficiente e eu gostei da experiência.
M: E para quem gosta de colecionar cartas, aí vai longe!
O que poderia ser melhor
M: A quantidade de regras que precisamos lembrar. Gostaria de algo mais clean, mas não sei se daria para mudar isso sem perder a essência do jogo. Parece que essa complexidade é parte dele mesmo.
R: A apresentação das regras melhorou muito em relação à versão anterior, mas ainda assim poderia ser melhor. Quando eu tive a primeira edição do jogo, eu joguei algumas partidas e era tudo tão confuso que eu desisti dele. Pode ser assustador. Você tem que ir com paciência e disposição para aprender, procurar informações, pesquisar regras; mas neste momento eu posso dizer que isso tudo compensa. A experiência é ótima.
A primeira de muitas?
M: A primeira de muitas! Muito bom!
R: Para mim também. Estou ansioso pelas expansões, pelos decks que vão chegar, e pelas próximas aventuras. A gente é apaixonado por tudo de Tolkien, e esse jogo existir é um grande presente!