[Análise] As Ruínas Perdidas de Arnak e Expedition Leaders


Em As Ruínas Perdidas de Arnak, os jogadores assumem o papel de arqueólogos que competem para marcar mais pontos enquanto exploram o ambiente do jogo.

Destaques

  • As mecânicas centrais são as de alocação de trabalhador, que ocorre diretamente no mapa tal qual Everdell e Viticulture, com deck building, que ficam bem integradas entre si.
  • A arte é incrível e o jogo em si é bem temático.
  • Os componentes são ótimos, com destaque para as pontas de flecha e para os rubis.
  • O tempo de jogo gira em torno de 30 min. por jogador, distribuído ao longo de 5 rodadas.
  • Tem uma certa corrida por pontos na descoberta de novos locais e na trilha de pesquisa.
  • A interação entre os jogadores é baixa e se concentra na competição pela trilha de pesquisa e na alocação de exploradores no mapa.
  • Tem modo solo.
  • Apesar da grande diversidade de ações e do manual relativamente grande, não é dificil de ensinar nem de jogar, mas jogadores iniciantes no hobby podem ter uma certa dificuldade que passa ao longo da partida.

Limitações

  • O preço, que foge à curva mesmo considerando a conversão em moeda estrangeira.
  • Não vem insert. Sem dúvidas, minha maior crítica à esse jogo dada a quantidade de componentes.
  • De uma forma ou de outra, o foco do jogo é a trilha de pesquisa visto que essa é, de longe, a que rende mais pontos.

Conclusão
As Ruínas Perdidas de Arnak é um jogo excelente. Se você curte alocação de trabalhador e/ou deck building, vale a pena no mínimo experimentar.
Ignorando o fator preço, meu único porém é a ausência de insert, que atrapalha bastante a organização dos componentes e, por conseguinte, o setup.


Sobre a expansão Expedition Leaders
Ao acrescentar seis novos exploradores, Expedition Leaders adicionou uma ótima forma de aumentar a rejogabilidade do jogo enquanto permite a formação de estratégias distintas para vencer, o que atenua minha crítica ao base quanto ao foco da trilha de pesquisa.

Além disso, apresenta mais cartas de expedição, novos guardiões, uma variante para a compra de cartas e uma peça de tabuleiro dupla face para representar mais duas opções de trilha de pesquisa aos jogadores, algo bem necessário. Isso pouco afeta a complexidade do jogo, permitindo que essa expansão seja incorporada logo de cara ou, pelo menos, após algumas poucas partidas.

Apesar de não dizer que ela é essencial, termo que muitos gostam de usar, atesto que o conteúdo dessa expansão é, sem dúvidas, excelente para quem curtiu o jogo.

Vale a pena importar?
Se o idioma não for problema e a depender do valor que você encontre, pode valer a pena importar. A dependência de idioma nesse jogo é relativamente baixa, concentrada em algumas cartas de itens e de artefatos com texto, e bem guiada por iconografia. Isso também vale para a expansão.

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Você não jogou o lado “avançado” do tabuleiro, certo? A trilha de pesquisa é o principal para pontos, mas o jogo não se resume a isso. Me parece que você não jogou muito para fazer essa análise, me corrija se eu estiver errado

Apesar de eu ter jogado poucas vezes, o jogo base parece suscetível à criação de uma estratégia otimizada para vencer, focando na trilha de pesquisa.

Em nenhum momento falei que Arnak se resumia à trilha de pesquisa.

Parabéns pelo review! Não deixe o comentário acima te desanimar. Todos podem escrever reviews, mesmo tendo jogado poucas vezes. Afinal, convenhamos, a maioria dos jogos serão jogados poucas vezes, então as primeiras impressões são sim muito importantes. Abraço!

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