[Análise] Drakkar Tum Tum

Análise do jogo Drakkar Tum Tum

Título: Drakkar Tum Tum (2020)
Idade Recomendada: 14+
Duração média da partida: 20 min
Número de jogadores: 2 a 4 jogadores
Designer: Alexander Francisco
Artista: Daniel Araújo
Editora: TGM Editora

"Sem perder o ritmo, os jogadores devem cooperar, baixando cartas para levar seu Drakkar até as ilhas da Harmonia, enfrentando grandes monstros marinhos, temíveis Goblins e perigos ainda maiores! "

Um retumbante jogo musical Viking! Anunciado em outubro, na Spiel Digital 2020, e lançado nacionalmente pela TGM Editora, Drakkar Tum Tum é um incrível jogo cooperativo, que mistura música, ritmos, coordenação motora e atenção. Tudo isso, dentro de um pequenino barco em direção às ilhas da Harmonia!

Vamos à análise!

Resumo do jogo:

Cada jogador começa com três cartas na mão e, no centro da mesa, são montadas três pilhas contendo as cartas de remadores, perigos, vigias e as defesas do barco. Além destas pilhas, é colocado ao alcance de todos o grandioso DRAKKAR!

Peraí, o que é um Drakkar?

Setup do jogo

Basicamente, os jogadores devem entoar um cântico vikking muito difícil:

DRAKKAR!

-TUM-

-TUM-

-TUM-

No último “TUM” (e somente nele), o jogador da vez poderá colocar uma carta de sua mão em qualquer um dos três espaços do navio (cobrindo os remadores que ali estavam) e, em seguida, comprará uma nova carta de qualquer pilha disponível.

O cântico continua (ele não deve parar) e, novamente, no último TUM, um próximo jogador colocará uma carta no navio. A cada nova carta colocada, mudanças acontecem (por exemplo as cores das bandeiras vikings ou suas armas).

O jogo se repete desta forma até que, todos os remadores tenham a mesma cor e alguém coloque um dos vigias no barco.

O vigia só poderá ser colocado quando todos os remadores forem da mesma cor

Sempre que um vigia é colocado, os jogadores abrem uma das cartas de ilha (aplicam seus efeitos, se houver) e recomeça a partida (do zero). Após três ilhas abertas, os jogadores terão alcançado as ilhas da Harmonia!

Lembrando que o cântico nunca para e nunca perde o ritmo. Este é o segredo da velocidade dos barcos viking!

Onde o jogo fica interessante:

Os mares nem sempre são calmos e divertidos, por isso, algumas cartas do baralho representam perigos muito comuns dos mares: Dragões, Krakens e Goblins.

Quando algum jogador cobrir um dos remadores com uma destas cartas de perigo, o cântico muda, pois um dos grupos de remadores está sob ataque!! Deste modo, o cântico ficará com um TUM a menos:

DRAKKAR!

TUM

TUM (a carta deverá ser jogada neste momento)

É difícil cantar enquanto se está sob ataque

Com o jogo mais rápido, nossos vikings terão menos tempo para pensar e planejar algo! E, caso apareça mais algum perigo, o jogo fica ainda mais rápido!! Se aparecerem três perigos, não haverão mais remadores e o barco afunda.

Não dá pra andar no automático, né?

Porém, nem tudo está perdido! Os vikings contam com a proteção de guerreiros e valquírias! Basta colocar um deles cobrindo um dos perigos, e estará tudo resolvido!

No entanto, quando aparece a carta de perigo do dragão, se faz necessário a utilização de uma balista.

Se derruba o Smaug, derruba tudo.

Infelizmente, serão os próprios jogadores que colocarão os perigos no barco - por livre e espontânea pressão. Como eles possuem somente três cartas na mão, fatalmente, eles serão obrigados a colocar um dos perigos em cena.

Para deixar o jogo só um pouquinho mais difícil, o ritmo se torna mais importante ainda:

Quando alguém jogar uma carta no momento errado, a carta permanecerá no barco, mas o jogador não comprará uma nova e, caso esqueça de jogar a carta, este jogador perderá uma das cartas de sua mão. Sendo assim, as cartas na mão dos jogadores desatentos irão diminuir. Se alguém ficar sem cartas na mão, todos perdem.

Não é nem preciso dizer que é muito difícil a comunicação enquanto se canta, né?

Eu tentando ser ouvido enquanto cantam

Descrição física do jogo:

Peso: 0,30kg Dimensões: (10cm x 15cm x 20cm)

Uma pequena caixinha, super bonita e bem feita! Do mesmo tamanho da caixa de Emboscados, e um pouco maior que de outros jogos pockets como Bandido, Quem Foi e Black Stories.

Cartas: 65 cartas (63,5 mm X 88,0 mm) e 10 cartas (65,0 mm X 100,0 mm)

A arte das cartas é relativamente simples, mas bem definida. Fator extremamente importante para o conceito do jogo. O tamanho de sleeves padrão é muito prático de se encontrar, mas um belo dilema:

As cartas possuem uma boa gramatura e os sleeves atrapalham um pouco o posicionamento das cartas no barco, o que são motivos para dispensarem o uso de sleeves. Por outro lado, o embaralhamento das cartas é constante, pois o jogo consiste de 3 rodadas, as quais TODAS as cartas precisam ser redistribuídas…

Prós:

  • Ótimo, incrível, maravilhoso Family Game! Com muita interação entre jogadores e cooperativo.
  • Possui regras e setup simples, com possibilidade de aumentar ou diminuir a dificuldade do jogo (com variantes já inclusas).
  • Manual de instruções muito bem explicado.
  • Dependência de idioma nula. O jogo em si não tem nada escrito, trabalha basicamente com símbolos e cores.
  • Rejogabilidade bem alta, pois depende da sorte e do trabalho em equipe.
  • Preço de R$ 50,00 médio / bom, devido a quantidade de cartas. Por ser um jogo familiar, casual e muito bom para crianças, o valor se torna muito atraente. Poderia ser um pouco mais barato, quando traçamos uma comparação de preços com jogos como Bandido, Quem Foi? e Black Stories.
  • Falando em crianças, o jogo é facilmente adaptável para o público mais jovem, basta cantar mais devagar. Um ponto extremamente positivo, pois permite a rejogabilidade com diversos tipos de públicos.
  • Para aumentar a rejogabilidade, o jogo conta com uma variante para tornar o jogo - impossível - mais difícil! Alternando a cor do percussionista do barco, afetando o momento de se jogar o vigia.

Contras:

  • Os sleeves ficaram BEM rentes na caixa. Para referência: o ideal seria o equivalente a 5 cartas a menos.
  • A mecânica básica do jogo demanda ações que nem todas as pessoas gostam de executar ou realizam com facilidade:

1 - Manusear cartas: uma mão segura, outra coloca, em seguida compra.

2 - Cantar: uma tarefa para poucos e que pode ser muito extenuante.

3 - Agilidade: entre crianças, não é um problema diminuir o ritmo do jogo, o problema é entre adultos. Se apenas um dos jogadores for mais lento que os demais, a partida pode se tornar extremamente frustrante (ou negativamente cômica).

Podem parecer requisitos simples, mas que podem causar um grande embaraço durante a partida.

Opinião pessoal:

Drakkar Tum Tum foi um dos jogos que instigou nosso grupo rapidamente! Pois, gostamos muito de jogos cooperativos, leves, cheios de bagunça e que precisa ser adaptado para públicos de várias idades. Drakkar Tum Tum reúne tudo isso, em uma caixinha e com uma temática extremamente diferente do convencional.

Uma das dificuldades encontradas ao longo do jogo, além da palavra DRAKKAR ser bem esquisita, foi de manter a cantoria (as vezes sozinho), desgastando bastante o cantor solo, principalmente depois de 1 hora jogando. Porém, como tudo nessa vida, sempre damos um jeitinho: trocamos o cântico viking por uma batida instrumental bem original:

Você leu cantando que eu sei.

Drakkar Tum Tum mostrou uma preciosa obra nacional, que vai muito além de apenas um jogo, se tornando uma incrível ferramenta de socialização e incentivo ao espírito em equipe, além do aprimoramento da coordenação motora fina, raciocínio rápido, oralidade e ritmo. Tudo isso, dentro de uma caixinha bem bacana, com um preço acessível, e que recomendamos que todos tenham em casa uma cópia!

Por enquanto é só!

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