Chudyk Con, Hansa e Brazil- Dezembro/2021

Chudyk Con, Hansa e Brazil— Dezembro/2021

Dezembro começou com a primeira Chudyk Con, onde homenageamos o maior designer focado em cartas com múltiplos usos: Carl Chudyk.

Durante os 4 dias tivemos a presença dos locais Felipe, Nael, Michelzinho vindo de Florianópolis, Israel de Joinville e até o Marcius Fabiani de Brasília. Ano que vem esperamos mais fãs de todo o Brasil. Stay tuned!

Jogatinas

Iniciando a Chudyk Con.

Innovation (2x): abrindo o evento com meia partida dessa belezura. Foi só pra aquecer enquanto os outros jogadores não chegavam.

Fora da ChudykCon também rolaram partidas com o Felipe (dá-lhe Agricultura!),

Nota 10 eterno.

Glory To Rome (3x): no primeiro dia da ChudykCon conhecemos o maior clássico cult do Carl Chudyk. Teve repetéco no quarto dia também.

A edição 1.5 (ou I.V) do Marcius tem a arte que lembra uma expansão do Munchkin, mas logo você se acostuma e até aprecia de uma forma doentia. A “caixa” é um plástico rígido transparente, e a capa do jogo são os próprios tabuleiros de jogador. Bizarro…

Mas gente, que jogão!

O tema e mecânicas fazem MUITO mais sentido do que em Mottainai (reimplementação), deixando o jogo mais acessível, fácil de entender. O fato das cartas não serem únicas também melhora a absorção estratégica. E as cartas e seus efeitos as vezes quebrados, as vezes mais quebrados ainda. Uma delicia de jogo.

Nota 9: apesar de não ser a melhor apresentação gráfica, nasce com nota alta pois as mecânicas que criam uma incrível dinâmica na mesa. Eu jogo isso ai facinho ! (e foi o único jogo que venci em toda a Chudyk Con).

Dica do Jow : a melhor forma de aprender Mottainai é jogar Glory to Rome antes.

Nota do isR34L: Me apaixonei pelo jogo, e já comprei minha versão Italiana (afinal todo resto custa mais de 100 USD). Farei um review eventualmente. JOGAÇO. Nota 9 fácil e talvez venha ser um 10.

Uchronia (1/2x): começamos o segundo dia com reimplementação de Glory to Rome que muda o tema para um mundo fantástico qualquer, simplifica as mecânicas de seleção de ação removendo a opção de “seguir” e tira a função de construções das cartas, criando um baralho a dedicado. Mantém o feeling dos jogos do autor, é bem produzido (Iello), mais simples que o pai, mas nem por isso bobo. Passa uma boa sensação de construir seu reino fantástico.

Nota 7: pela beleza dele, talvez rodasse melhor com alguns públicos se comparado ao jogo que o originou.

Nota do isR34L: Acho que o Glory To Rome “arruinou” minha experiência com esse, e o próprio Mottainai, simplesmente me vejo pensando que são “versões pioradas do pai”. Nota 6.

Stick’Em ou Sticheln (2x): no segundo e quarto dias da ChudykCon, a vaza que desperta o pior do ser humano. Ser um inocente do mundo das vazas em meio a amigos vis e maquiavélicos é como ser um gnu pronto para o abate na savana africana cheia de leões sedentos. Jogado com baralho de Rage do Marcius.

Nota 6: jogo, mas não vou sugerir por ser pouco longo demais em 5p.

Nota do isR34L: Gostei bastante, fiquei impressionado. Fillerzão com pura maldade, simples e direto. To até querendo uma cópia, pois certamente faria a frente para por na mesa. Nota 8.

Impulse (1x): no segundo dia conhecemos o 4X espacial do Chudyk. O DNA do autor está por todo lado com cartas de múltiplas funções, ações bônus, e uma forma diferenciada de selecionar ações. Essa trilha de ações que da nome ao jogo é genial, e eu queria muito vê-la em mais jogos por ai. Todos constroem essa trilha juntos e usam as mesmas ações, e você pode construir sua própria (uso único).

Como foi a primeira partida da maioria, e estávamos em 5p, a partida teve um downtimezinho, mas penso que um grupo de elite treinado jogaria rapidinho. Ainda assim, o fato de você poder executar muitas ações por turno e ainda poder desencadear diversas outras, além da questão posicional no mapa do espaço, são imãs de AP. A vantagem é que o jogo proporciona uma experiência bem diferente em relação aos outros jogos do autor.

Nota 7: jogaria novamente, mas talvez com menos jogadores para reduzir o downtime e poder se deliciar mais nas mecânicas.

Nota do isR34L: Pela complexidade do jogo, essa incursão de primeira partida em 5p realmente foi um problema. Tem potencial, mas ao mesmo tempo fico com a suspeita que talvez seja complexo demais para o que se propõe. Teria curiosidade de experimentar o design mais vezes em 2p. Nota 6.

Race for the Galaxy (1x): Na calada da noite do segundo dia da ChudykCon, joguei minha primeira partida em 3p de RFTG. Uma experiência levemente mais caótica, mas igualmente satisfatória aos 2p. Marcius e Israel presentes na corrida pela galáxia.

Nota 9: aquela vontade de explorar mais e mais!

Nota do isR34L: Race é sólido. Nota 8.

Fury of Dracula (1x): no terceiro dia da #ChudykCon tivemos a estreia dessa minha cópia do FoD, com miniaturas pintadas. Faziam anos que não experimentava um jogo evento, e não sei se foi o amadurecimento como jogador, a presença de uma turma impar na mesa, ou também as qualidades do jogo, mas foi uma das melhores experiência que tive nesse hobby. Ficamos muito tempo depois ainda falando da narrativa que foi criada, dos erros dos caçadores, da genialidade (e sorte) do Dracula (Israel).

Agora entendo porque tem ameritrashers ai ex-eurogamers que não olham mais para trás. EU QUERO MAIS!

Trilha sonora: filme Dracula de Bram Stocker (aquele com o Gary Oldman e o Neo).

Nota 8: a experiência foi nota 11 (nem tenho palavras para descrever), mas o jogo é bem redondo e as regras não ficam na frente da diversão.

Nota isR34L: Assino em baixo dos comentários do Djow!

Spyfall (5x ou muito mais): não capturei o apelo do jogo nem a possível genialidade, pois havia um PAREDE de constrangimento entre minha percepção e a diversão. Experimentaria novamente num futuro, mas com álcool, por favor.

Nota 5: o jogo vergonha alheia do mês. Fazia tempão que não sentia tanta vergonhinha na mesa.

Nota isR34L: Ele fala isso, mas estava com a mandíbula cansada de rir, e quase fez um casamento terminar AO VIVO. Gosto bastante, mas acho que já joguei demais e começa a se desgastar. Nota 7.

Mamma Mia (2x): Joguinho de cartas do Uwe Rosenberg sobre montar pizzas na ordem certa e com os ingredientes corretos. Rápido, simples e divertido.

Nota 7: apesar de usar memória como mecânica, se chamar jogo fácinho…. CADE A EDIÇÃO NACIONAL AI TURMA?

Nota isR34L: Perfeito exemplo da Nota 6. Me diverti bastante, talvez pelo grupo de elite, mas o jogo tem motivos de sobra pra eu não gostar. Jogo fácil no entanto. Quantos sentimentos dúbios (risos).

Food Chain Magnate (1x, ainda bem): ver seu império de fast food destruído por 3 horas não é tão divertido. Mas no pós partida vislumbrei novas opções estratégicas.

Prêmio Spiel des Djows 2021 de “Obra prima que você prefere ficar bem longe”.

Trilha Sonora: músicas dos anos 50–60, aquelas de escolher no jukebox.

Nota 6: deixa as feridas sararem, quem sabe um dia eu jogue novamente.

Nota isR34L: Essa partida que enterrou o jogo pra mim: Ludopedia | Fórum | Food Chain Magnate: Tão Bom que chega a ser Ruim | Food Chain Magnate

Joraku (2x): no quarto dia da ChudykCon com Marcius e Israel,

Também viu mesa no Retorno dos Caídos com Diego e Nael.

Nota 8: boas decisões em curto espaço de tempo. Começo a sentir que vence quem parasita mais os outros.

Nota isR34L: Curto parasitagem, curto vaza, curto samurais, curto elegância. Nota 8.

Power Grid (1x): Jogamos em 4p com a variante de cidades iniciais. Nasci numa cidade bem ruinzinha, mas gostei da luta por sobrevivência. Vem solidificando a cada partida, imagina quando eu descobrir como joga?

Nota 8: regras simples, competição ferrenha.

Nota isR34L: Jogaço como sempre, e não jogo mais sem essa variante das cidades iniciais. Nota 9.

Pot de Vin (2x): a última vaza que eu não havia jogado aqui da coleção. Linda produção e qualidade impecável. Mistura vaza bem old school com mecânicas modernas que ajudam a minimizar a sorte.

Nota 8: vou empurrar pra turma até jogarmos uma partida em duplas (onde dizem que o jogo brilha).

Nota isR34L: Acho que demorou um pouco para as sinapses fazerem efeito, mas tem seu potencial. Nota 7.

Termina a Chudyk Con 2021. Até ano que vem!

LHAMA (4x): fiquei de babá da Sobrinha nas férias dela e todo dia ela chegava falando “Vamos jogar um LHAMA, Tio Djow?”, e assim fizemos. No auge dos seus 8 anos, ela começou a pegar a maldade de sair na hora certa da partida. O jogo ganhou uma nova camada, se distanciando demais do primo UNO.

Nota 8 (era 7): cada vez melhor e mais surpreendente, mesmo em 2p.

Pega em 6 (2x): e olha A Sobrinha fazendo bonito ao aprender mais um clássico. Esse ela ainda não pegou o timing das escolhas, mas se diverte vendo o tio tomar chifradas lol.

Nota 8: mas é um 6 em 2p, muito demoradinho, e meio que você sabe que a rodada vai se resolver nas ultimas 3 ou 4 cartas da mão.

Archaeology: The New Expedition (2x): A Sobrinha continua brilhando, e aprendeu mais esse card game. Na segunda partida ela já tinha dominado as regras, só não sacou muito bem o uso das cartas de Mapa.

Nota 7: gosto do jogo, mas algo me impede de gostar como eu queria gostar.

Colheita de Dados (3x): Jogando com A Sobrinha. Ao menos nesse ela não me vence (por muitos pontos kkk).

Nota 7: Jogo simples, rápido, baratíssimo no gênero roll and write. Muito bom para a família.

Escola de Dragões (2x): Fazia tempo que esse estava aqui parado, não é muito meu tipo de jogo, e quis ensinar para a Sobrinha para dar-lhe de Natal junto com o LHAMA. É um simples jogo de take that (desmontar a pontuação do amigo) que lembra Munchkin. Talvez funcione legal com crianças e família. Achei que era pior.

Nota 4: não gosto do estilo, também não curto a produção nacional de cartas plastificadas e brilhosas.

Tsukuyumi (1x): Nossa segunda partida, novamente em 2p, mas dessa vez com a variante para 2p oficial. Gostei do resultado, pois ele te da diferentes formas caminhos para , o que em um jogo tão bélico, alivia a pressão de esta apenas em 2 jogadores.

Nota 7 (era 8): reler as regras básicas e aprender novas facções me deu um pouco de sono, e o jogo em dois acho que não vale a esforço.

Hansa Teutonica (2x): No evento conhecido com O Retorno dos Caídos (Diego e Marcel), fizemos unboxing e jogamos Hansinha. Para celebrar com estilo errei a regra de fim de jogo por 10 casas construídas, sem considerar que elas devem estar COMPLETAMENTE CONSTRUÍDAS. Jogamos duas partidas seguidas porque elas duraram 40 minutos cada (lol)!

Nota 9**:** que JOGAÇO, cheguei a sonhar que estava jogando naquela noite.

Great Western Trail (1x): faziam uns 2 anos que não explicava as regra desse, mas resolvi seguir a ordem das construções neutras, reforçando a iconografia. Sabendo que o Glauco dificilmente voltaria para uma segunda partida tão cedo, não dei grandes detalhes sobre as construções pessoais de maior custo.

Correu tudo bem, todo mundo curtiu a partida, foi bem dinâmica e com turnos super velozes. Devo ter batido meu recorde de pontuação.

Nota 10: melhor jogado sobre tocagado.

Railways of Nippon (1x): outro que estava sem ver mesa há tempos, foi colocado na mesa com Glauco, Felipe e o meu novo concunhado, o Edu. Sem saber ou perguntar o background gamer do Edu, fomos explicando as regras e seguimos a jogatina. Foi super agradável, só uma pena o Glauco ter saído antes do final.

Nota 8: já senti ele mais pesado, mas hoje acho bem levinho e gostoso.

For Sale (2x): duas partidinhas em 2p com o Felipe só pra entender o jogo base com o Comprador Remoto. O jogo fica meio previsível com esse bot, pois algumas jogadas ficam travadas quando os jogadores tem pouco dinheiro (-(1–3 mil)acho que serve como quebra galho, não devo jogar com ele novamente.

Nota 6 (era 7): talvez jogar em 2p (ou 3p sem o bot) não seja a melhor quantidade de “gentes”.

IKI (1x): clássico que jogamos sempre em 3p, com Felipe e Marcel, que levou a taça dessa vez.

Nota 8: jogo sólido

Sirvam o Rei (2x): Ambas partidas em 3p com Michelzinho e Felipe. Fomos de jogo avançado, e não entendi direito o que aconteceu. Eu estava me acostumando com as mecânicas e os caras já estavam gritando SIRVAM O REI. Memória e destreza não são meus fortes, mas talvez estar defumando 40kg de carne durante a partida tenha prejudicado minha concentração.

Nota 5: memória + destreza = nemesis do Djow. Foi para gavetinha da vergonha.

Newton (2x): Em uma partida eu ganhei, mas na segunda em 4p o Marcel se tornou o primeiro DECANO do grupo. Um das partidas foi durante meu trabalho, defumando carnes para o Natal. Foi o melhor período de 12 horas de defumação que já tive. Obrigado pela parceria turma!

Nota 7 (era 8): jogo gostoso, rapidinho, e flui bem, mas eu sinto que já vi tudo que ele teria a oferecer.

Cryptid (3x): Nunca decepciona nas primeiras 2 partidas, na terceira sempre da algum ruim. Acho que falta mana ou stamina pra terminar ele mais rápido na terceira partida seguida. Gosto demais!

Nota 9: mas a versão com pistas negativas deixam todo mundo frustrado.

A Tripulação (2x): duas partidas para mostrar ao nosso amigo Presunto. Ele não engajou… quando íamos para a terceira partida ele pegou o baralho e guardou dizendo que tinha que começar a se preparar para ir embora (para a Suécia!).

Nota 9 (era 10): perdeu um pontinho pois as ultimas experiências mostraram que não é tão fácil de ver ele brilhando… MAS QUANDO BRILHA!

Um Banquete a Odin (1x): o jogo perdeu pontos desde o ultimo rompante de partidas seguidas. Se tornou um excelente jogo de WP, mas com muitas jogadas manjadas no primeiro e segundo turno.

Nota 8 (era DEZ): por ter se tornado um pouco scriptado e repetitivo.

Brazil Imperial (2x): primeira partida (4p) passou das 3 horas entre manual, setup, explicação e jogo. Segunda partida (4p) ficou nas 2 horinhas e nem vimos passar. Fui pego de surpresa pois fiquei de fora do hype não sabia nada do jogo. Com clara inspiração no Scythe, mas com personalidade própria, e pra mim, melhor.

Nota 8: sentimento civ no tempo certo de jogo.

Coleção

+ Tichu (Presente do Marcius)

Na busca pelos grandes clássicos modernos, faltava uma vaza clássica. Eis que Marcius Fabiani tinha um deck de Tichu dando sopa, e olha o presente que ganhei por 4 pernoites aqui em Tubarão. Obrigado Marcinho!

+ For Sale (Loja qualquer)

Ahhh esse ai ta na wishlist desde o anúncio. Na real, desde que jogamos ele no aniversário online do Israel Fonseca em 2020. Essa edição nacional está definitiva, não da pra deixar passar.

- LHAMA (Presente para A Sobrinha)

Jogaço, mas eu vejo que ela gosta tanto mas taaaanto dele que vou dar pra ela levar pra praia, jogar com a vózinha e tias. Acho que vai ser sucesso. Vou ficar no aguardo do LHAMA Party.

- Escola de Dragões (Presente para A Sobrinha)

Nem tão legal assim, mas divertiu ela. Não faz sentido te-lo aqui na coleção e nem tem valor relevante para venda/troca. Que sirva bem ao seu propósito de divertir e traumatizar futuros jogadores com take that descarado.

Destaques

Pintei as peças de jogador de cor azul do Cryptid para um cor mais azul de verdade. CHEGA DE CONFUSÃO!

Peguei alguns upgrades na Ludeka.

Para bloquear o mapa do Power Grid, alguns discos cinzas que combinam com as tubulações.

Trenzinhos para Brass: Lancashire. Agora posso dizer que tenho um jogo de trens, e posso parar de procurar um próximo para compra.

Rolou nosso tão aguardado (sério?) review de Isle of Skye: Druids. Boas importações, amigos!

Lançamentos:

  • For Sale (Paper Games): (re)lançamento no território nacional, agora na versão full. Clássico que vale a pena, tanto que já peguei minha cópia.
  • Calico (Grok Games): jogo apertado de tile placement, uma fofura, principalmente para quem ama bichanos.
  • Arboretum (Conclave): na Ludopedia se fala desse lançamento desde 2019–11–17, ou seja, foi lançado mais de 2 anos depois de anunciado. Mais um card game daqueles simples, mas agonizante nas decisões, e lindo nas artes.

Até o resumão 2021 do Jow.

Gosto muito dos seus posts compartilhando suas experiências e impressões sobre jogos! Sou fã inveterado de Innovation também, então sei que seu gosto é bom, hehe. Fiquei com vontade de jogar vários que você apresentou aí!

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Fala Daniel! Obrigado pela consideração, cara! Fico grato. Fico feliz tb em saber que vc faz parte da irmandade do Innovation hehe

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