Falta de criatividade, comodismo ou quanto mais, melhor?

De tempos em tempos, me deparo com assuntos relacionados a jogos de tabuleiro que despertam minha curiosidade, me incentivando a refletir e compartilhar o meu ponto de vista. Por vezes, esses temas são mais tranquilos, enquanto em outras são um tanto quanto polêmicos. Desde já, aviso que este texto inclina-se mais para o lado polêmico. Caso você tenha uma opinião diferente, convido-o a compartilhá-la nos comentários.

Ultimamente, tenho observado um padrão na indústria de jogos de tabuleiro que já se tornou comum em outras indústrias, como, por exemplo, na indústria cinematográfica. O padrão ao qual me refiro é a tendência de repetir algo que fez sucesso anteriormente. Essa repetição acontece no mundo dos jogos de tabuleiro de duas maneiras. A primeira maneira ocorre ao lançar diversos jogos da mesma série, fazendo algumas alterações no jogo original, a famosa reimplementação, como aconteceu com o azul ou com os jogos da linha pandemic . Já a segunda acontece por meio do lançamento de versões deluxe, nas quais os jogos são idênticos, mas os componentes da versão deluxe são bem mais caprichados.

Diversas versões do Pandemic e Deluxe Edition do Food Chain Magnate.

Isto é necessariamente ruim? Não. Longe disso! Por vezes, as novas implementações superam a versão original. Por exemplo, há quem diga que o frosthaven é melhor que o gloomhaven. Se um jogo performar bem nas vendas, existe uma forte pressão para que os autores/designers criem mais conteúdo deste jogo ou universo. Este conteúdo adicional pode vir por meio de novas implementações, que eu já citei, e por meio de expansões. Há diversos jogos para exemplificar isto, como terraforming-mars com suas reimplementações (terraforming-mars-expedicao-ares e terraforming-mars-o-jogo-de-dados) e diversas expansões, ou ticket-to-ride e seus diversos mapas extras que sempre trazem alguma novidade que agradam aos entusiastas. Para concluir os aspectos positivos, temos que falar das versões deluxe. Indo direto ao ponto, se você gosta muito de um jogo, a versão deluxe pode deixar a experiência ainda melhor. Normalmente, as melhorias da versão deluxe se restringem a mudanças estéticas, mas por vezes podem incluir conteúdo extra ou rebalanceamento de cartas/habilidades.


Terraforming Mars e suas várias expansões. Ticket to Ride com seus mapas extras e novas caixas base.

No que isso pode ser ruim? Como o título do texto já diz, essa repetição pode ocorrer por certo comodismo, tanto da editora quanto do designer. Sabe a ideia de que “em time que está ganhando não se mexe”? Sinto que isso acontece com certa frequência - zombicide e suas milhares versões que o digam. Acredito que isso acontece, pois o foco principal da editora/designer naquele momento é o lucro. Não há nada de errado em querer ganhar dinheiro, mas essa repetição pode trazer a sensação de estar jogando sempre a mesma coisa.

Versão antiga do Villainous à esquerda (2018). Versão nova do Villainous à direita (2023).

A ideia da nova versão do disney-villainous-introduction-to-evil simplesmente não entra na minha cabeça. O disney-villainous original foi reimplementado em 2023 para tornar o jogo base mais fácil. Bom, de forma rápida, querer saber o que há de diferente? Tiraram 2 personagens e rebalancearam algumas cartas, apenas isso. Por conta da remoção destes personagens, o jogo passou de 6 para 4 jogadores. Além do óbvio, que é a limitação de jogar com apenas 4 jogadores, a remoção dos personagens faz com que o fator replay diminua. O resultado final é a melhor parte de toda essa história: hoje você encontra a versão original, aquela que pode ser jogada com até 6 pessoas e com 6 personagens, por um valor menor do que a nova versão.

Há o lado positivo de reimplementações e o lado negativo, você defende que reimplementações e expansões são sempre bem-vindas ou é melhor ter algo completamente novo?


Qual foi a última expansão ou reimplementação que você adquiriu? Caso tenha curtido o conteúdo, considere dar um like e se inscrever no canal para fortalecer o canal. No Instagram vocês me encontram como @hermano_brasileiro.bg

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Coisa bem normal.

O ultimo desses caos que peguei foi o Prussian Rails da Rio Grande, que e a reimplementacao (na verdade uma edicao nova) do German Rails da Queen Games que por si era uma repaginacao de jogo Homonimo da Winsome Games. Mas esse especificamente, eu queria achar um German Rails para fazer par com meu Chicago Express.

Sou fansao de Eurorails, entao pego eles ao monte, especialmente as reimplementacoes da Capstone Games. Em geral eles sao jogos economicos excelentes de 1h, com um preco muito atratico (em torno de 25 a 30 doletas).

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Achei sua discussão pertinente e tenho comigo 2 pontos. Um sobre a reimplementação e o outro sobre diversas expansões.

Sobre este assunto, acredito que a prática de reciclar conceitos para aumentar a produção e as vendas apresenta vantagens e desvantagens. Por um lado, é possível obter um jogo desejado numa versão mais atrativa, que se alinha melhor com as preferências do seu grupo de jogadores. Por outro lado, essa reciclagem pode não ser totalmente eficaz. Tomemos, por exemplo, o jogo World of Warcraft adaptado ao sistema Pandemic.

Embora tenha potencial para agradar ao meu grupo de amigos, que são fãs do jogo original, a ausência de ênfase em combate no sistema Pandemic pode resultar em um desfecho anticlimático. Eu, sem dúvida, desenvolveria regras adicionais ou introduziria um sistema de combate personalizado para resolver essa questão. Afinal, não basta alterar a embalagem e proclamar uma nova experiência. Não se pode simplesmente aplicar temas de investimento, por exemplo, ao Pandemic e esperar que a dinâmica funcione perfeitamente.

Como iniciante no mundo dos jogos de tabuleiro, percebo um dilema ao enfrentar a vasta gama de opções disponíveis. Isso é conhecido como o Paradoxo da Escolha, onde ter inúmeras alternativas pode, paradoxalmente, tornar a escolha mais complicada. Não é prático nem possível adquirir todas as expansões de um jogo. Assim, mergulhamos na análise detalhada de cada uma, buscando a “melhor” opção. Embora isso possa ser empolgante, também é exaustivo.

Tomando Ticket to Ride como exemplo, não posso comprar todas as versões, mas preciso investigar cada uma minuciosamente para determinar qual se encaixa melhor comigo e com meu grupo. Portanto, em vez de simplesmente comprar um jogo e desfrutar, muitas vezes nos perdemos em um mar de versões, e no final, podemos acabar escolhendo a versão básica, que talvez devesse ter sido nossa primeira escolha desde o começo.

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Fala Thiago. Parabéns pelo texto. Trouxe boas perguntas e acho que vale super a pena a comunidade falar sobre.

Do meu ponto de vista, enxergo esse movimento de reimplementação como algo esperado, podendo ser até benéfico pro hobby. Já chego lá…

Não é de hoje que as empresas de vários ramos (não só de jogos de tabuleiro) exploram a mesma ideia/produto/serviço/Copyright repetidamente. É menos arriscado operar sob algo já consolidado. Não só pq o público-alvo já está acostumado, mas tbm pq a produção de algo que vc já fez tbm é mais fácil.

Ao meu ver, isso não é necessariamente ruim. Aliás, pode ser até benéfico pro hobby. Sob a perspectiva das editoras, manter um portfólio com jogos reimplementados pode oferecer mais segurança quanto suas receitas, dando fôlego pra experimentação. Seja investindo em novas IPs, seja abrindo para novos designers criarem seus jogos, o que ajuda a ventilar o hobby. Essa ideia de explorar algo conhecido enquanto busca coisas novas é chamado de ambidestria na Economia.

Claro que isso não é automático. A editora precisa ver valor nessa busca por coisas novas. E se vê valor, qual será a proporção de R$ em novidades x reimplementações?

Quanto mais incerto é o mercado, menos disposta ela ficará pra sair comprometendo recursos com coisas de maior risco. Então, há uma tendência em priorizar reimplementações. Mas mesmo que ela opte por ter 100% reimplementações no seu portfólio de produtos, nada garantirá que ela o manterá por mto tempo. Afinal, a concorrência não pára e pode supera-la a qualquer momento e os consumidores tbm se cansam de tanto TtR, Risk, Azul e Pandemic com face-lift. Achi que a “Deluxização” segue a mesma lógica.

Também temos que considerar que esses produtos mtas vezes não são direcionados pra nós, mas sim pro colecionador, que é um traço forte do hobby. Eu não pagaria mais de 1K num Castles of Burgundy pimpado, tampouco me interesso tanto por TtR a ponto de pegar as inúmeras versões dele.

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Parabéns pelo tópico, Thiago. Acho uma discussão muito válida.

Vou tentar ser o mais sucinto possível.

Pegando como exemplo o mundo literário temos, de tempos em tempos, republicações dos principais clássicos. Isso se deve a duas questões ao meu ver. O entendimento de que um clássico sempre deve estar nas prateleiras e, como a edição anterior está esgotada, é a oportunidade de dar uma revisada na tradução, fluxo de leitura, termos usados, etc, e com isso fazem uma nova capa, mais moderna e que dialogue com o novo público. Caso não tivéssemos essas mudança teríamos ‘pharmacias’ e capas de couro até hoje. E aqui, faço o paralelo ao ponto levantado sobre reimplementacão em jogos de tabuleiro.
As reimplementações, como nos próprios exemplos que deu, são de jogos que já são consagrados, como Zombicide e Pandemic. Mas no caso desses, além da capa e da ortografia, eles refinam as mecânicas baseado na experiência dos jogadores. E aproveitam para trocar o tema para não soar a mesma coisa. Como o amigo já citou anteriormente, muitas vezes é difícil entender as diferenças de regras entre um e outro. Imagina se fossem exatamente iguais. Fora que alguns temas, permitem que se explore outras mecânicas.

Voltando para o mundo literário, também temos, de tempos em tempos, edições de luxo. Box fechados com trilogias e séries etc. Isso tem a questão dessa nova edição se diferenciar da anterior, como disse acima, mas algumas vezes está relacionado a troca de editora e seus direitos autorais. Senhor dos Anéis era da Martins Fontes. Quando a Harper Collins conseguiu os direitos, a primeira coisa que fez, foi lançar edições lindas e reformuladas. No caso do Burgundy e do Food chain, novas empresas estão envolvidas, talvez negociaram uma licença temporária.

Enfim, não fui nada sucinto. Mas acredito que muitas vezes o movimento é semelhante ao que vimos na literatura e cinema, por exemplo.

Em tempo, não excluo, de jeito nenhum, o foco no lucro, e nem digo se concordo ou não. Mas me parece um movimento já esperado.

Um abraço e boas jogatinas

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Excelente texto! De fato, tanto a repaginação do jogo em versões/temas diferentes (Catan Jr, Star Trek, várias expansões, etc) e versões deluxe tem tido grande apelo e sucesso. Isso fortalece o hobby.
Por outro lado, algumas expansões ‘quebram’ (ou consertam) o jogo original, mudando a estratégia e o ‘feel’ do jogo. Isso não só não é positivo, como também desperta um sentimento de ‘colecionismo’ nas pessoas - tenho amigos que ficaram muito tempo atrás de expansões como ‘German Railroads’, e pagaram um preço astronômico nela.
O que me leva ao último ponto: as Big Boxes, que trazem todo (ou a maior parte) do conteúdo publicado, a um valor (mais) acessível, imediatamente desvalorizado a versão anterior. Mage Knight, Ultimate Railroads, El Grande, Village… Acho sensacional que tenhamos a oportunidade de comprar essas caixas completas, em português. Quem pagou metade de um rim em uma expansão do Village ou em um jogo OOP pode não compartilhar da mesma opinião.

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A receita de bolo acontece em tudo que é explorado comercialmente, inclusive músicas e filmes. É algo comum que atende aos anseios de quem exige muito pouco e paga por qualquer merda, portanto, não me parece um tema polêmico. Quer um tema polêmico? A venda de regras como se fossem jogos. Refiro-me a jogos lançados que são facilmente reproduzíveis com cartas comuns, dados, grades, etc. E tem um monte deles. Isso sim é um tema polêmico e de interesse público.

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Aliás, um outro efeito de lançarem uma 2a edição de um jogo (ou uma nova roupagem), pouco depois da 1a edição ter sido lançada é das pessoas se sentirem ‘traídas’, por terem comprado um jogo que não foi testado o suficiente. O ‘Trekking the World’ está planejando uma 2a edição, fazendo com que a 1a edição perca muito do seu apelo (e valor de troca). Eu tenho o mesmo sentimento com o Wyrmspan, ou com o GWT Argentina: os originais ficam com cara de ‘ultrapassados’.
Toda a discussão do ‘Ode ao Novo’ foge completamente desta discussão, eu sei, então encerro por aqui.

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Olá, Thiago.
Essa é uma discussão bem recorrente e sim, muito polêmica. Embora eu não ligue muito para essas reediçõs, releituras, expansões e afins, esse é o padrão em toda a indústria da cultura. Por ser algo já esperado, acabou nem dando muita bola para isso.
A construção de um gênero inclusive passa por esse processo de exploração de um mesmo conceito, a partir de diferentes caracterizações. Chega uma hora que satura, é verdade. Mas eu não saio consumindo tudo o que é lançado. A parte boa de amadurecer enquanto consumidor é que a gente não precisa entrar na água pra saber que ela molha. Então eu vejo isso como algo negativo para quem ainda está construindo seu repertório dentro desse universo pois vai sofrer bastante até entender como lidar com a situação.
O que me incomoda de verdade é o fato de jogos excelentes ou clássicos, para usar outro termo, fiquem de fora das prateleiras… ou então quando lançam novas edições mequetrefes que não se justificam por aí só e no fundo são apenas desculpas para “atualizar” o preço do produto.
Eu adoraria que houvesse um movimento no sentido de tornar os jogos mais acessíveis de modo geral, mas ao invés disso as novas edições acabam focando em tornar os jogos mais luxuosos e ainda menos acessíveis. Assim como as expansões que muitas vezes não acrescentam nada de mais ao jogo original, mas custam um olho da cara.

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Seus problemas se devem ao lucro. O lucro é motivador apenas de lucro, qualquer outra característica é opcional, como foi notado. Aconteceu o mesmo no cinema, onde a experimentação que gerava variedade e novos olhares encolheu bruscamente, pois a certeza de lucro contínuo vem à frente de novas possibilidades.

O negócio é torcer para isso não pegar nos pequenos indies que ainda não estão subordinados à um grupo que otimiza lucro estável.

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Quando a reimplementação vem e melhora de forma significativa o jogo, acredito que é muito bem-vinda. Desses que você citou, você acha que os jogos foram melhorados?

Primeiramente, vi que é sua primeira postagem por aqui, portanto, seja bem-vindo!!! Estou 100% de acordo contigo. Não curto a ideia de colocar uma skin nova sem fazer alterações/adaptações no jogo.

Sim!!! Ao mesmo tempo que é ótimo ter várias opções, ter um bom filtro para saber qual é o melhor jogo/expansão dentre diversas variações pode tornar essa tarefa complicada.

Muito obrigado!!! Elogios e comentários como o seu nos mantêm motivados a continuar escrevendo! Seja muito bem-vindo por aqui!

Esse ponto aqui é muito importante. Extremamente bem colocada a sua observação. Acredito que para nós que já estamos no hobby, na maioria dos casos, novidades empolgam mais do que reimplementações.

Não só os colecionadores, como também as pessoas que estão ingressando no hobby por agora. Para quem nunca teve um azul, por exemplo, pode valer mais a pena pegar a versão azul de chocolate do que a versão básica porque a de chocolate vem com uma pequena variante nas fábricas.

Muito obrigado, Gabriel!

Isso aqui eu acho muito importante. Como citado por ti, o Zombicide 2ed é muito superior ao original, além de mudanças cosméticas como a melhora na qualidade das minis e tabuleiros de jogadores, o jogo recebeu uma boa revisada nas regras e balanceamento.

Não tem problema algum em se estender, na verdade, eu acho incrível ler as opiniões e poder interagir com pessoas do nosso hobby. Seja bem-vindo a essa área do comparajogos. No final das contas, entendo que o lucro é essencial para manter as editoras abertas

Muito obrigado, Ricardo!
Seu comentário tem tanta coisa interessante para responder que dividirei em várias partes rs

Tudo que fortalecer e expandir o hobby, sempre será muito bem-vindo por mim!

Acompanho um canal de BG que sempre diz que se um jogo precisa de expansão para deixar de ser quebrado é melhor buscar outro jogo. Concordo com essa opinião, tá doido, jogo já tá caro pra caramba e ainda querem colocar venda casada? hahahahah

Brincadeiras à parte, expansões e versões big boxes são massas quando curtimos um jogo.

Pô, eu nem tinha pensado nisso, mas é verdade. Expansões, geralmente, são difíceis de serem encontradas no Brasil. Só vem expansão quando o jogo já fez um bom sucesso.

Cara, isso rolou recentemente com o Dune. O pessoal criticou muito o lançamento do Dune Imperium: Uprising tendo em vista que o primeiro jogo base saiu faz pouco tempo. Demorou um bom tempo até “aceitarem” ele.

Quando você crítica, mesmo que sutilmente, qualquer coisa relacionado aos jogos de tabuleiros tem que tomar cuidado com os fanáticos que vão defender o jogo/expansão amado com unhas e dentes. Concordo que esse não é um tema muito polêmico, mas mesmo assim, pode gerar alguma discussão. Aquele disclaimer ali no começo é só pra evitar dor de cabeça.

Cara, esse é realmente um tema interessante, mas sou muito transparente e não confesso que não tenho o conhecimento necessário para escrever um texto sobre esse assunto. Adoraria ler um texto sobre isso e te incentivo a escrevê-lo, seria muito interessante. (É difícil transmitir o tom de voz que estou usando para escrever essa mensagem, mas saiba que não fui irônico e realmente gostaria de ler algo assim).

Olá, Adalfan! Muito obrigado pela resposta, baita análise!

Com o tempo, passamos a ter um filtro mais refinado.

Esse é o meu medo. Uma pessoa nova no hobby chegar em casa com um
Disney Villainous: Introduction to Evil ou King of Tokyo: Origins (nova roupagem desses “clássicos modernos”) e ver que pagou o mesmo valor ou até mais caro por um jogo que vem com menos conteúdo.

Acredito que há espaço para ambos. É fato que as versões menores e mais baratas de jogos já consagrados fazem muito sucesso, vide Azul mini.

Rodrigo, acredito que isso aqui seja um dos fatores relevantes para manter o nosso hobby interessante. Nada melhor do que descobrir um jogo que é de fato diferente dos demais.

Na verdade sao todos o mesmo jogo.

De modo geral, qq edicao apos a winsome games, sera um melhora na producao. Os jogos publicadas por ela sao em geral eurorails muito bons, 1h a 90min de duracao, e super queima cuca economica (onde ganha quem tem mais dinheiro).

Durante um periodo perto de 2010, as Queen Games licenciou alguns jogos deles e fizeram uma producao muito, mas muito legal, apesar de uma caixa enorme.

Mais recentemente, a Rio Grande (RGG) e a Capstone Games (CG) pegaram a licenca de varios jogos deles e fizeram uma nova producao. A RGG fez uma versao bem espartana e funcional, a a CG fizeram uma producao muito legal com arte cordenada na linha do Iron Rails.

P quem curte jogos economicos de trem, ambas as linhas sao uma festa com precos bem atratativos (em geral em torno de 30 a 35 bidens cada jogo).

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Excelente tópico!
Acho que depende muito da situação. Tem reimplementações realmente desnecessárias e caça níquel. Mas tem umas que realmente são necessárias, melhoram o original ou atendem a um novo público alvo.

Gosto de citar o Terra Nova. Um jogo injustamente mal avaliado no BGG pois a maioria das avaliações são meras comparações idiotas com Terra Mystica de fãs mimados dizendo que o jogo é “muito simples”.
Ora, o público alvo não são fãs do Terra Mystica e sim pessoas que nunca jogaram TM ou até jogaram mas preferem algo mais leve e rápido com uma estratégia bem elaborada. E TN cumpre perfeitamente essa proposta, sendo infinitamente melhor que centenas ou milhares de jogos que estão na sua frente do ranking.
Enfim, há casos e casos. Mas a verdade é que, no longo prazo, só o tempo vai definir se uma versão é realmente boa ou não.

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