#quickreview do Evo (não tão quick assim hahaha)
Joguei ontem #oath-chronicles-of-empire-and-exile e tive uma boa primeira impressão;
Oath na mesa - foto tirada do BGG
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É um jogo de cumprimento de objetivo (assimétrico entre os jogadores), controle de área, construção de tabuleiro, seleção de cartas, pontos de ação, rolagem de dados e negociação. É um jogo onde – posso estar até enganado – há uma força contra insurgente (mas não é um COIN) representado pelo Chanceler e os outros jogadores estão tentando derruba-lo do governo;
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O jogo não é assimétrico como o Root, as ações e a quantidade de pontos de ação são iguais para todos. A diferença aqui está no objetivo dos jogadores. O Chanceler tem 4 cartas de objetivo e somente uma é escolhida no começo da partida, enquanto que os outros jogadores possuem alguns objetivos que eles podem escolher – e até trocar – durante a partida;
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Jogado de 1 a 6 jogadores (indicado a ser jogado em 3 ou 4), possui complexidade de média pra alta (mais pra alta) e interação absurda de grande. Durante a partida, o jogo é bem mais tranquilo de se jogar, mas ele possui uns detalhezinhos na regra que pode deixar a explicação bastante longa (durou 1h20). Já sobre a interação, o jogo é feito de combates, alianças, traições e toma essa! Para quem não gosta desse tipo de interação, aconselho a passar longe desse jogo;
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Além do controle de área, que somente um jogador pode dominar o território, a mecânica base do jogo é a construção de tabuleiro e ela está presente no seu tabuleiro pessoal e no principal. Neles, você pode ter uma quantidade de cartas indicadas nas regiões (tabuleiro principal) e 3 cartas no tabuleiro pessoal. Essas cartas vão te dar habilidades para serem usadas durante a partida;
Detalhe para a construção de tabuleiro do jogador - foto tirada do BGG
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O jogo também tem uma mecânica de salvar alguns acontecimentos para serem usados na próxima partida. Quem venceu a partida anterior deve começar como Chanceler, já que ele é o novo governante do reinado. Além disso, algumas regiões devem ser guardadas em uma caixa separada e na ordem para serem utilizadas na partida seguinte, como também algumas cartas de construção. E o deck de cartas do jogo também é alterado para a próxima partida;
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O jogo possui uma economia quase que fechada! Explico: o setup te dá uma quantidade x de moedas presente no jogo, mas há regiões que podem fazer com que você pegue moedas da caixa e há cartas/regiões que podem te fazer “queimar” moedas (aqui chamadas de favores). No mais, as moedas vão sendo empilhadas nos naipes de cada tipo de população do jogo (alquimistas, bestas, nômades, etc…);
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O jogo me lembrou a sensação de jogar Root, mas não se parecem mecanicamente. Também achei mais fácil de explicar/entender do que o Root. O tempo inteiro os jogadores estão se atacando (mais atacando o Chanceler e tomando retaliação dele do que outra coisa) e prioriza a tática ao invés da estratégia de longo prazo. Mas ela ainda está presente, pois é necessário traçar um caminho para cumprir o objetivo e vencer a partida;
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Outro fator bastante presente no jogo é a aleatoriedade. O jogo tem bastante rolagem de dados e um deck de cartas que você vai comprando 3 cartas e descartando duas. Isso também pode incomodar muita gente, mas não me incomodou – mesmo eu sendo muito chato com essas coisas – porque tem como você conseguir rolar muito mais dados que o adversário e aumentar bastante a probabilidade de vencer o combate e as cartas tem habilidades bastante poderosas e desequilibradas.
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Uma coisa que pode me incomodar, mas não aconteceu, é que no final dos turnos 5, 6 e 7 (o jogo tem 8 turnos) o Chanceler tem a possibilidade de vencer o jogo automaticamente. Isso acontece se, ao final desses turnos o Chanceler tiver com seu objetivo de jogo concluído. Daí se ele conseguir tirar um 6 (5º turno), um 5 ou 6 (6º turno) ou 3, 4, 5 ou 6 (7º turno), o jogo acaba e os outros jogadores ficam a ver navios;
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Ainda sim o jogo me divertiu bastante e ficamos conversando depois da partida sobre os possíveis desdobramentos caso tivéssemos feito jogadas diferentes. Gostei muito em como o jogo, realmente, vai contando uma história com o passar dos turnos;
Além disso, é bonito para um c%$#¨% - foto tirada do BGG
- Tá cedo ainda, mas já posso falar que tem meu possível voto para melhor de 2022 (ano passado falei isso sobre Tekhenu e acabou sendo mesmo meu voto de melhor de 2021 haha).