Responsabilidade vs Impulsividade

Querido diário,

Hoje eu entrei numa loja on-line de board games, coloquei no carrinho o lindíssimo #pax-pamir-second-edition que estou namorando há semanas, e incluí também as moedas de metal, porque eu ando trabalhando igual um condenado recentemente e mereço. Vasculhei o resto do site inteiro atrás de algum outro jogo ou acessório pra talvez incluir na compra e aproveitar o frete, achei Cartógrafos Heróis num preço bacana. Incluí. Olhei pro carrinho, concluí que a compra estava de bom tamanho pra esse mês, prossegui para a parte do pagamento, mas não cheguei a pagar. Lembrei que preciso muito trocar de computador esse ano e depositei o dinheiro da compra na poupança em vez de gastar.

Sensações conflituosas a respeito desse incomum arroubo de responsabilidade.

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Agiu de forma correta. Jogos são divertidos, mas não o usamos todos os dias, principalmente se for o mesmo, já o computador como você próprio disse é uma necessidade, algo que provavelmente usará todos os dias.
Quando entramos no hobby é normal fazer compras por conta da empolgação, mas depois de algum tempo vem a maturidade.

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Já ouvi falar de gente que satisfaz essa vontade da compra só de fazer essa procura e deixar no carrinho, sem finalizar a compra. Pensei que era esse o desfecho da história rs.
Minha versão desse processo é criar uma planilha com jogos que tenho interesse e ir colocando detalhes. Depois com o tempo vou botando que alguns jogos meio que preenchem o mesmo “espaço” e vou reduzindo. Às vezes depois de ler o manual ou assistir o gameplay, acabo retirando da planilha também. Eu acredito que isso reduz o meu ritmo de compra, mas não me impede de comprar alguns jogos impulsivamente que vejo em grupos locais de compra e venda.

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Infelizmente somos mesmo impelidos ao consumismo. Esse mês eu comprei um jogo que nem joguei ainda, e já estou pensando em comprar outro. Eu comprei um Código Secreto, ainda nem joguei, e já estou querendo comprar um Decrypto, que é um jogo que vai disputar mesa com o Código Secreto! Vê se pode.

Minha estratégia vai ser aguardar pelo menos até a black friday antes de fazer alguma compra mais expressiva, que aí eu tenho pelo menos 3 meses pra jogar os jogos que já tenho aqui antes de pensar em comprar outra coisa.

Felizmente ou “infelizmente” o mundo dos boardgames é algo fantástico, mas que nos leva ao consumismo desenfreado, rs…
Em 2019 quando comecei, a ideia era jogar, comprar, jogar+, comprar++ e assim infinitiamente.
Com o passar do tempo, percebi que não seria necessário ter tantos jogos, já que a maioria deles mal viam mesa. Então comecei a vende-los e reduzir minha “querida coleção”, deixando apenas aqueles que eu jogava com frequência ou gostava muito, além de expansões que considerava “essencias”
É um exercício grande, pois sempre surgem lançamentos, e se nos deixarmos levar, estaremos gastando mais com o hobby, do que com nós mesmos, família, projetos futuros, etc.
Manter a “SANIDADE FINANCEIRA” é bem difícil, mas possível, é só praticar.
Tenho colegas que são colecionadores, então, a idea deles é quantidade, e desde que não atrapalhe sua vida no geral, não vejo problema algum.
É difícil falar em coleção, mas após alguns anos, eu considero que dá para ficar muito bem servido com algo em torno de 30 jogos diferenciados nela, e levando em consideração que seus amigos possuem outros jogos, você jogaria tranquilamente de 50 a 100 jogos diferentes por ano.

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Esse tópico não existiria se jogos tivessem preços acessíveis.

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O mais bizarro é quando você compara com a realidade de países desenvolvidos. Nos EUA por exemplo, tem vários jogos custando de 15 a 30 dólares. Então é algo relativamente acessível, não a toa você vê as pessoas lá acumulando centenas de jogos.

Aqui, qualquer punhado de caixa já passa fácil dos mil réis, é um investimento bem maior em relação ao que se ganha. O mais chato é quando você convida novos jogadores para conhecer “o hobby” e o preço dos jogos acaba sendo um impeditivo para eles.

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