Review - Shackleton Base: A Journey to the Moon

Visão Geral

Shackleton Base: A Journey to the Moon é um Eurogame modular que combina gerenciamento de recursos, alocação de trabalhadores e muito planejamento estratégico. Criado por Fabio Lopiano e Nestore Mangone, o jogo coloca os jogadores na liderança de agências espaciais, colaborando para expandir uma base no Polo Sul da Lua. O tema é ambicioso e bem integrado.


Destaques da Jogabilidade

1. Configuração Modular e Variável

O design modular do jogo, com sete corporações distintas (das quais três são escolhidas a cada partida), garante alta rejogabilidade. Cada corporação adiciona projetos, mecânicas de pontuação e ações únicas, oferecendo uma experiência nova em cada partida. Por exemplo:

  • Sky Watch: introduz uma tarefa semi-cooperativa para destruir um asteroide.
  • Moon Mining: foca na extração de recursos raros.

2. Alocação de Trabalhadores com Tensão

Colocar astronautas (Técnicos, Engenheiros e Cientistas) no tabuleiro exige decisões estratégicas. Os espaços limitados criam um ambiente competitivo, onde os jogadores disputam recursos e ações cruciais.

3. Liberdade de Estratégia (Sandbox)

Os jogadores podem personalizar suas estratégias com base nas corporações e objetivos próprios. Seja construindo estruturas, focando em projetos corporativos ou melhorando a reputação, o jogo permite múltiplos caminhos para a vitória.

4. Draft e Gerenciamento de Recursos

A fase de draft dos ônibus espaciais adiciona uma camada de planejamento estratégico. Os jogadores escolhem as peças que determinam a ordem de turno, tipos de astronautas e recursos disponíveis, exigindo adaptação e visão de longo prazo.

5. Manutenção e Economia

A fase de manutenção introduz uma camada econômica, onde os jogadores equilibram rendimentos e custos, enquanto colhem benefícios dos astronautas e estruturas. Esta fase recompensa o planejamento eficiente.

6. Modo Solo

Para jogadores solitários, Shackleton Base inclui um sistema Automa bem desenvolvido, que oferece um desafio robusto e mantém a profundidade estratégica mesmo no modo solo.


Força Temática

O jogo brilha na execução do tema. Desde o gerenciamento de recursos lunares até a colaboração com corporações que simulam possíveis empreendimentos futuros (como o foco do EverGreen em autonomia alimentar ou a migração espacial do To Mars), o tema é imersivo e visionário. A liberdade oferecida pelo estilo sandbox permite aos jogadores “escreverem sua própria história lunar”.


Componentes e Estética

A qualidade dos componentes é alta. O tabuleiro modular, os tokens detalhados de astronautas e a arte temática enriquecem a experiência. O design é funcional e facilita o acompanhamento das ações e recursos. A iconografia é funcional em sua maior parte.


Desafios Potenciais

  1. Curva de Aprendizado
    A variedade de corporações e o sistema modular podem intimidar novos jogadores. A ampla gama de opções é complexa no início.

  2. Paralisia de Análise
    A liberdade do estilo sandbox e a competição por espaços limitados podem levar a decisões lentas, especialmente para jogadores propensos a superanalisar.

  3. Contagem de Jogadores
    Embora o jogo escale bem, sua profundidade estratégica brilha mais com 3–4 jogadores. Com menos participantes, a experiência pode parecer menos dinâmica.


Considerações Finais

Shackleton Base: A Journey to the Moon é um Eurogame de destaque, que combina estratégia e profundidade temática com maestria. Sua modularidade, rejogabilidade e mecânicas bem pensadas o tornam indispensável para hard games fãs de alocação de trabalhadores e gerenciamento de recursos. Embora a complexidade possa afastar jogadores casuais, gamers experientes e que não tenham ressalvas com tempo de jogo, encontrarão uma experiência rica.

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