E aí pessoal, como estão? Jogando muito? Espero que sim. Nossos Elfos estão trabalhando muito e nos enviaram mais um relatório. Hoje vamos falar do jogo Tiny Epic Galaxies.
Ficha Técnica
O jogo foi lançado fora do Brasil em 2015 pela Gamelyn Games e Angry Lions Games, entre outras. No Brasil, foi lançado pela Meeple Br em 2018 e, nos registros, consta uma versão da Devir. É um jogo de 1 a 5 jogadores, com duração de 30 a 60 minutos.
É um jogo do Scott Almes e as mecânicas são: Controle e Influência de Área, Rolagem de Dados e jogadores com poderes variáveis.
Fotografia: Livre Reprodução
Se há uma obra prima na linha dos Tiny Epic, essa é, sem dúvida, o Galaxies!
A proposta de zipar* um épico se casa muito bem com a temática espacial, e poucos componentes já dão conta de compor um universo envolvente, dinâmico e versátil. É por isso que esse jogãozinho manjador pode ser considerado um “(moleque) zica” - pra não dizer outra coisa… - das galáxias.
A narrativa é vaderiana*: somos comandantes em expedição expansionista, a fim de colonizar novos planetas, articulando a Cultura e a Energia que, ao longo do jogo, nossas galáxias (nossos impérios!) desenvolvem.
O objetivo é expandir e provar-se o império mais próspero e poderoso. Quem indica o(a)merecedor(a) de tal título são os pontos de vitória conquistados por uma combinação entre o grau de desenvolvimento tecnológico imperial, os planetas colonizados - em quantidade e em “qualidade”, já que cada planeta traz uma pontuação própria - e uma missão secreta especial - ou seria melhor dizer espacial? -, que cada jogador(a) revela ao fim do jogo, isto é, quando alguém completar 21 pontos de vitória.
Nessa jornada são possíveis seis tipos de ação, a depender dos recursos disponibilizados pelo cosmos (os dados), turno a turno. Tais recursos serão organizados em uma base de ativação em que o(a) jogador(a) programará a ordem das ações a serem realizadas. Se você é do tipo que se assusta com a presença de dados, não vá embora ainda!: é possível manipular resultados usando recursos acumulados, como a Energia (que permite rerrolar dados) e a Cultura (com que é possível “seguir” dados de oponentes, copiando suas ações em seus respectivos turnos). Também é possível descartar dois dos dados lançados (começamos com 4 disponíveis, que podem vir a ser até 7), para escolher a face de um terceiro, acionando o conversor que consta na base de ativação. Além de tudo isso, a maior parte dos resultados permite amplas possibilidades, de modo que cada rodada seja proveitosa para todos/as, sem bloqueios.
Fotografia: Livre Reprodução
O recurso Viagem (“mover a nave”) é acionado para que uma nave de seu império saia em expedição. A tripulação em jornada pode apenas passar por um planeta, desfrutando de habilidades conferidas por sua população, ou orbitá-lo, entrando numa disputa econômica ou diplomática para colonizá-lo depois de alguns turnos. Para vencer essa disputa, é preciso acionar dados de Economia ou de Diplomacia e percorrer uma trilha ao redor do planeta, que pode ser mais breve ou mais longa, conforme a importância (em pontos ou habilidades) planetária em questão. Uma vez que cada colonização se conclui, as habilidades do novo planeta passam a pertencer de modo permanente à base espacial do império conquistador. Essa base - e, portanto, todas as habilidades que ela concentrar, em qualquer ordem - pode ser acionada sempre que o recurso Colônias (“utilize a colônia”) estiver disponível no resultado dos dados ativados.
Amantes do “take that”* podem se animar ao encontrar planetas cujas habilidades envolvam furto de energia ou cultura de oponentes. Haters, por outro lado, podem simplesmente localizar e retirar do jogo as cartas que contenham planetas desse tipo.
Fotografia: Livre Reprodução
Sim, os planetas são cartas! Isso torna o jogo extremamente versátil, dado que a manipulação do deck disponível para cada partida pode acelerar ou reduzir sua velocidade (selecionando planetas de pontuação maior/menor, por exemplo), permitir ou não a ocorrência de jogadas “take that”, entre outras personalizações, sem alterar a mecânica ou as regras.
O jogo vai até 5 participantes, e mesmo assim não demanda mesas muito grandes para ser jogado, afinal o aspecto tiny é muito bem trabalhado, com pequenos tabuleiros individuais, uma base de ativação, 7 dados, baralho de planetas, cartas de missão, e lindos foguetinhos e marcadores de Energia, Cultura e Grau de Desenvolvimento, todos feitos de madeira nas cores verde, azul, vermelho, amarelo e preto. Uma delicinha de ver, manusear e organizar! Tudo numa caixinha compacta, que dá pra carregar facilmente por aí.
Pra quem não costuma jogar em grandes turmas, recomendo uma partida com 3 jogadores/as. Em 2 dá? Dá, sim! Muda o ritmo e a emoção, mas vai que você curte?!
No fim das contas, seja lá qual for seu perfil gamer, Tiny Epic Galaxies flui bem.
No Brasil, o jogo está disponível pela Meeple BR e pode ser encontrado por aí numa faixa de $110 a $130.
Partiu viajar nessa?
Texto: Bárbara Côrtes
Não deixem de compartilhar, criticar e sugerir. Até o próximo post, pessoal!
- zipar: expressão para “compactar” um grande conteúdo em pouco espaço.
- vaderiano: relativo ao personagem icônico de Star Wars, Darth Vader.
- take that: expressão utilizada para uma dinâmica de jogo em que um(a) participante tira vantagens diretas de um(a) ou mais oponentes. Algumas pessoas lançam mão da livre tradução “toma essa!”.
Bárbara Côrtes costuma aparecer à sociedade como antropóloga e bailarina. Mas sua identidade secreta é Tia Nerd do Eurogame.